segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um amor maior...

“Foi em Julho de 1968, há quarenta anos, que o Papa Paulo VI fez publicar aquela a que muitos chamam «a mais contestada das encíclicas da história da Igreja»: a Humanae Vitae, sobre a regulação natural da natalidade.

A riqueza da Humanae Vitae nunca será colhida se dela se focar apenas a sua condenação da contracepção, sem atender ao seu lado positivo, à sua visão da beleza do amor conjugal como «continuação da acção criadora de Deus».
«O matrimónio não é, portanto, fruto do acaso ou produto das forças naturais inconscientes, é uma instituição sapiente do Criador para realizar na humanidade o seu desígnio de amor» (n. 8).
Deste desígnio faz parte a união entre as dimensões unitiva e procriadora do acto conjugal - « a conexão inseparável que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa» (n. 12).
A vida nasce do amor e o amor é aberto à vida porque não se fecha e não se confunde com um “egoísmo a dois” – este desígnio não é um mal a combater (como quem combate uma doença), um fardo ou um erro a corrigir, mas um dom belíssimo do Criador. Os esposos são chamados a cooperar com esse desígnio, porque não são «árbitros das fontes da vida», mas «seu administradores» (n. 13). A vida é um dom que os ultrapassa, os filhos, na sua génese como no seu crescimento, são um dom a acolher, não um objecto a dominar e manipular.
É contra este desígnio que atenta a contracepção, ao contrário do que se verifica com a regulação natural dos nascimentos, através da qual os esposos cooperam de forma consciente e responsável (não se limitam a uma atitude passiva) com esse desígnio, sem o destruir ou alterar, porque «usufruem legitimamente de disposições naturais» (n. 16).
O matrimónio como dom recíproco, total e fecundo é um sinal visível da comunhão de Deus...”

Pedro Vaz Patto
http://www.sexualidade-igreja.org/Opiniao/A-mais-contestada-das-enciclicas.html



«O amor que não custa não é amor»
Madre Teresa de Calcutá

2 comentários:

trigolimpofarinh@mparo disse...

E esta, hein: na aritmética do amor, um mais um é igual a tudo e dois menos um é igual a nada. Tá boa, não está??? E é bem verdade...

Helena disse...

Pois, nada na vida acontece por acaso...
É como eu... também não ando aqui por acaso...e não passo os fins de semana na cama a dormir por acaso... Tudo tem uma explicação e uma razão de o ser!!!